terça-feira, 23 de novembro de 2010

Gente personagem, gente que a gente conhece

Hoje pela manhã eu estava procurando um conto que escrevi em 1982, sobre uma casa assombrada aqui nas cercanias da cidade, provavelmente será o meu terceiro ou quarto livro (e ainda não terminei o segundo). Foi quando eu trabalhava numa loja de departamentos no centro e costumava escrever aventuras usando como personagens os meus próprios colegas. O título do conto era "A Casa da Noite Eterna" depois eu tive de mudar porque havia um filme com este nome, deixei para lá, já não via mais as pessoas que estavam ali, em ação, mistura de mistério com investigação policial. Gosto deste tema porque tenho de estudar a história da cidade, pesquisa literária e de campo, eu fui mesmo dar uma olhada nos lugares para descrevê-los da melhor maneira possível. Quando estudei Escrita de Roteiro para Áudio-visual , durante o Festival de Inverno há uns doze anos, o professor disse que era fundamental que se conhecesse o lugar onde se localiza a história. Deste conto fiz um roteiro para curta-metragem, infelizmente o projeto não foi à frente.
Pena que tudo tenha se modificado tanto, mas é a lei do progresso, é a ordem das coisas. Tudo nasce, cresce, se modifica e se não tiver cuidado morre logo.
Hoje não tenho mais contato com alguns dos meus ex-colegas que serviram de modelo para personagens, mas ainda vejo muito Kátia Cristina Jones, que virou professora, mas é professora de verdade e não como eu, um arremedo. Meu amigão Chá Preto morreu já faz um tempo, ele já era bem velhinho quando trabalhávamos na mesma loja, vivia me dando chocolate, frutas e suspiros. Saudades de Chá Preto. Valderez, Quitéria Alves, Geni, Adelnor, Gilvan, Ananias, Fátima e Ivamário, ainda escreverei um "retorno", reunindo a turma mesmo que pelo teclado. E tem mais uma pessoa especial, aliás, duas: Nelson e Socorrinho Wanderley, inesquecíveis, e nosso Bando Feliz do Grupo Jovem da Santa Terezinha. Pessoas da melhor qualidade.

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